Camelos

``Eu quero me apossar do é da coisa`` Clarice L.

Wednesday, April 06, 2005

`She don´t lie´

Me dá medo.
Me dá medo aquele mundo de lá
Me dá muito medo.
Chama.
Chama.
Chama.
A consciencia diz: Não!
Por trás dela diz: E o que tem? O que prende?

............

Nicola, mon ami,
Nicola. Nicolete. Nic. Nicolá.
As coisas. As calçadas.
Os trecos. Os troços.
Os pedintes. As guimbas de cigarro.
São todos um pouco de nós.
As vezes um de meus eus me pergunta o que tem de bom.
O que satisfaz. O que objetiva.
As vezes um de meus eus responde que nada.
Que não sabe.
Penso nas nossas viagens mon ami.
Penso sempre na Belgica. Na França.
nas cervejas, nos chicos, nas flores.
Sempre me alivia o pulmão.
Canso de explicar me aos que são outros.
Canso-me de encontrar jardins de plástico.
Canso-me.
Sei que temos a liberdade na mente.
E no entando minha amiga.
As vezes amedronta enquanto não sai desse eterno estado telepatico.
As vezes acovarda e da vontade de fugir.
De me esconder em qualquer bueiro desses
e cantar Eric Clapton.
Eric Clapton!!
Eu só preciso de um pouco mais de esperanças.
Diga-lá Nicola. Meu outro eu.
Diga-lá para não ter medo e não terei.

2 Comments:

  • At 06 April, 2005, Anonymous Anonymous said…

    Ju, preciso me encorajar também, será que é loucura o que penso em fazer? Mas já não aguento. Quero fuhir de mim, sair da casca, transbordar...

    Já não suporto esse aperto aqui dentro, tá pequeno e sufocante, preciso fugir também!

    Ai, quero sair daqui!

     
  • At 07 April, 2005, Anonymous Anonymous said…

    LINDA!LINDA MON AMI!(rs)
    Puts!!
    Porq essas sensações são tãos iguais!também tenh andado com tnto medo...medo d voar,medo de sentir a brisa na cara de um jeito -obrigatório- , medode fazer os prazeres virarem uma lacuna de concreto dentro da mente,sempre a construir uma coisa abstrata por dentro e sureal, total e real por fora. E escondemos tantos de nós mesmos nossos Eus desesperados!
    trancafiamo-nos dentro de janelas, e por elas achamos que vemos a vida passar. E de fato ela passa sem mais sem menos, e quer saber? Nem me dá tchau...nem abana, nem nada.No momento ela tem corrido todos os dias pela varanda da minha janela.Quer aparecer sabe?
    E esse medo de tudo q tenho, meedo de mim, no final.Vontade de me esconder em qualquer bueiro e cantar janis joplin, de sair nas ruas com um saco de pão amarrado 'a cabeça por ser tolerado pela tal coisa antiética.
    já nem sei mais o que falo, o instante que é semente viva as vezes parece desabrochar d uma forma tão sublime q eu já não sei se gosto de ver o morrer das coisas aos poucos, (como eu) ou se me alvoraço a ponto de querer explorar o sentido da morte.
    Pode ser em vão, se for pra ser, q seja, mas preciso tocar o quase.
    Tenho imensa necessidade de engolir as espumas brancas da praia que as ondas revelam, e com elas sentir a eternidade se aflorar dentro d mim.
    jardins de plasticos? as vezes parece que a metade do mundo só sabe ser isso. como flores toscas e verdes desboatadas numa varanda qualquer.(que nem aquela do corredor da minha facul)
    Plastico com o dever de parecer uma alma da natureza. E consegue?
    Só os lúcidos observam essa coisa astro-cósmica fora real-fora tempo.
    Tudo tá muito incluso dentro de caixinhas que nos mostram 'surpresa, surpresa!'
    e sabe de uma coisa?
    Eu preciso ter coragem. Se não, passo a ser. Mas como se me sinto tão anestesiada?
    o jeito é caminhar.
    "diga lá para não ter medo e não terei."
    pois, te digo, não tenha medo!
    não tenha nada!
    seja isso!
    uma alma sem capas sem nomes, sem coisas.
    O resto são restos, são fatos, são hipóteses, são tudo.
    o que fica de uma possibilidade é o sim e o não.
    O momento de ser ela florescerá.
    e depois, se despetalar e não vier a florir, esqueça esse jardim. vá regar outros que muitas margaridas e aquarelas surgirão. ah! e as borboletas flutuando por cima dos acasos.
    AMO-te!
    ...
    abstrair do tempo a palavra exata.Por mais q nao se tenha sentido algum.
    ...
    E deu.

     

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